O Pilates clínico desempenha um papel vital no processo de recuperação. O exercício clínico ajuda não só ajuda a prevenir o desenvolvimento do cancro da mama e diversas outras doenças, mas também desempenha um papel vital no processo de recuperação. A American Cancer Association recomenda que os pacientes retomem a atividade física logo após o tratamento, incluindo cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou terapia hormonal, evitando a inatividade física.
A recomendação da American Cancer Association inclui atividade física regular com exercícios resistidos pelo menos duas vezes por semana, totalizando 150 minutos de exercício.
O exercício físico desencadeia a libertação de diversas hormonas no corpo que podem reduzir a dor e melhorar o bem-estar geral. Ele melhora a qualidade do sono, o humor e a libido, além de estimular os sistemas circulatório, linfático e cardiovascular. O exercício também estimula o sistema imunitário a combater os radicais livres que danificam as células saudáveis.
Outro fator importante do exercício para pacientes com cancro é a redução da gordura corporal. O excesso de gordura aumenta a produção de hormonas, principalmente estrogénio, e substâncias relacionadas com o crescimento corporal, o que pode estimular o crescimento tumoral.
De forma a minimizar estas consequências do tratamento, o exercício físico desempenha um papel significativo, e é aí que o Método Pilates clínico se encaixa. Ele é uma forma de atividade física individualizada e altamente adaptável às necessidades de cada paciente.
Os exercícios de mobilidade e de fortalecimento do Pilates clínico são executados de forma dinâmica e progressiva, sem impacto e sem riscos para a pessoa que, habitualmente já está debilitada pelos tratamentos cirúrgicos e farmacológicos.
Os exercícios de nível básico do Pilates clínico são realizados inicialmente para introduzir o paciente ao método, ajudá-lo a adaptar-se aos equipamentos e exercícios, e integrá-los no Método Pilates clínico. De forma gradual e face à evolução individualizada, introduzem-se exercícios de nível intermediário e avançado.
Estudos científicos indicam que o Pilates clínico contribui de maneira positiva para o tratamento do cancro de mama de várias formas, incluindo:
- Redução da fadiga: o Pilates clínico ajuda a aliviar a fadiga sentida por pacientes com cancro de mama, melhorando os níveis de energia e força global.
- Diminuição dos efeitos colaterais do tratamento oncológico: o Pilates clínico pode ajudar a reduzir os efeitos colaterais do tratamento do cancro, como náuseas, dor e diminuição da amplitude de movimento.
- Melhoria do funcionamento dos sistemas cardiorrespiratório, circulatório e linfático: os exercícios de Pilates clínico promovem a aptidão cardiovascular, melhoram a circulação sanguínea e a drenagem linfática, o que pode reduzir o inchaço e melhorar a saúde geral.
- Manutenção da saúde óssea: os exercícios de Pilates clínico que envolvem suporte de peso e resistência ajudam a manter a densidade óssea, reduzindo o risco de osteoporose e possíveis fraturas.
- Gestão da dor crónica: o Pilates clínico pode ajudar a reduzir a dor crónica frequentemente associada ao tratamento do cancro de mama, principalmente nas articulações e músculos.
- Melhoria da amplitude de movimento, especialmente no ombro: Os exercícios de Pilates clínico focam na melhoria da flexibilidade e mobilidade das articulações, permitindo a recuperação da amplitude de movimento, principalmente na articulação do ombro que pode estar afetada pela cirurgia e pela radioterapia.
- Aumento da resistência e força muscular, principalmente na musculatura da cintura escapular: o Pilates clínico pretende trabalhar grupos musculares específicos, incluindo a cintura escapular, ajudando a aumentar a força e resistência, o que pode melhorar a funcionalidade, a mobilidade e a destreza nas tarefas diárias.
- Fortalecimento do “Centro”: o Pilates clínico enfatiza o fortalecimento do core (no Pilates clínico designado por Centro), incluindo os músculos abdominais profundos e das costas, dando estabilidade e suporte a todo o corpo.
- Gestão do stress: os exercícios de Pilates clínico incorporam movimentos conscientes, técnicas de respiração e relaxamento, promovendo a redução do stress e o bem-estar geral.
- Melhoria da consciência corporal: o Pilates clínico estimula a conexão entre corpo e a mente, promovendo uma melhor consciência postural, alinhamento e padrões de movimento, o que pode ajudar os pacientes a recuperar o controlo do seu corpo durante e após o tratamento.
- Minimiza ansiedade e depressão: a participação regular em sessões de Pilates clínico tem demonstrado reduzir os sintomas de depressão e ansiedade em pacientes com cancro de mama, promovendo uma mentalidade positiva e bem-estar emocional. (arranjar referencia)
- Redução do risco de recorrência de tumores: a prática regular de atividade física, como o Pilates clínico, tem sido associada a uma redução do risco de recorrência de tumores em sobreviventes?? de cancro de mama. (arranjar referencia)
- Melhoria da qualidade de vida: o Pilates clínico pode melhorar significativamente a qualidade de vida das pacientes com cancro de mama, melhorando a capacidade física, reduzindo a dor e o desconforto, e promovendo autoconfiança.
Em conclusão, incorporar o Pilates clínico no plano de tratamento e recuperação de pacientes com cancro de mama oferece inúmeros benefícios. Não ajuda apenas a enfrentar os desafios físicos resultantes da doença e do seu tratamento, mas também impacta positivamente o bem-estar mental e emocional dos pacientes. Ao melhorar a aptidão física, reduzir os efeitos colaterais e aprimorar a qualidade de vida geral, o Pilates clínico torna-se uma terapia complementar valiosa para pacientes com cancro de mama. No entanto, é importante que os pacientes consultem o seu médico antes de iniciar qualquer programa de exercícios. Com orientação adequada e uma abordagem personalizada, o Pilates clínico pode ser uma ferramenta chave no processo de recuperação.
A inclusão do Pilates clínico no tratamento do cancro de mama oferece uma abordagem abrangente que integra não apenas os aspetos físicos, mas também os emocionais e mentais da saúde dos pacientes. Ele fornece uma plataforma segura e adaptável para promover o fortalecimento muscular, a flexibilidade, a postura adequada e a consciência corporal.
No entanto, é fundamental que os pacientes sigam as recomendações dos profissionais de saúde que os acompanham e ajustem o programa de Pilates clínico de acordo com as suas necessidades individuais. Cada pessoa é única, e é importante respeitar os limites do corpo durante o processo de recuperação.
Em resumo, o Pilates clínico é uma abordagem terapêutica eficaz para pacientes com cancro de mama, oferecendo uma variedade de benefícios físicos e emocionais. Ao ser incluído no plano de tratamento, o Pilates clínico pode melhorar a recuperação, aumentar a qualidade de vida e promover o bem-estar geral dos pacientes.
Alexandra Gomes | Fisioterapeuta especializada em Pilates clínic
Integrativa | A saúde e o bem-estar como um estilo de vida
Este site e o seu conteúdo têm um fim exclusivamente informativo e não substituem o aconselhamento médico ou de um profissional de saúde. Os tratamentos de cada pessoa devem ser individualizados e orientados por profissionais de saúde. Não faça alterações ao seu tratamento sem contactar o médico ou o profissional de saúde que o acompanha.
Artigos relacionados